1.8.09

colorido ‘ma non tropo’

Subi a trilha que levava ao buraco enorme no chão de pedra e mato. Um buraco enorme no cimo de um morro é mesmo grande. A maneira mais fácil que encontrei de subir um morro sem ter problemas com a altura.

Lá embaixo do morro, no lugar mais fundo do buraco e quase tão escuro como um quarto sem janelas, vi minha sombra. Sem luz para iluminar as paredes o que vi foi meu contorno parecer sombra.

Sentei diante de mim mesmo refletido e colorido em tons de cinza. Tons que se formaram pelos inúmeros pontos de luz para trás dos meus olhos. Luz apagando e reforçando diferentes espaços da minha sombra.

Sorri as cores branca do céu do buraco e negra do abaixo de meus pés. Saí do buraco e voltei para a mesma altura no sopé do morro. As cores, enfim, sempre estiveram nos meus olhos.

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