15.4.08

Conto egoescrito

Tá! Grande besteira essa de publicar uma idéia pra não dar idéia nenhuma, como ficou sugerido em alguns artigos que li para tentar aprender a escrever um conto. Artigos que tratavam da forma como principal ao conteúdo.
O jornal estava na mesa quando eu fingia que lia. Entrou o filósofo em casa e disse da concorrência.
Oportunidade à vista. Champanhe com churrasco. Posteridade garantida. Algumas palavras, alguns trejeitos e uma verdade revelada. A forma perfeita de ingressar no mundo ilógico da lógica escrita.
Deixei a pesquisa sobre o tema pra depois. Vi primeiro como é que se escreve ‘esse tal de conto’. Internet, conversas, releituras de algumas obras de outros escritores (quase meus colegas nessa hora).
Peguei um livro de alguns contos do Machado de Assis, lembrei de alguma coisa que li do Lima Barreto, mais “O artista de quatro mãos” do Jairo B. Pereira. Ansioso, li rapidamente o que juntei. Depois deixei tudo de lado e pesquisei na internet. Encontrei auxílio em dezenas de sites e escolhi algumas ‘coisas’.
Foi ótimo pesquisar na internet, pois enquanto entendia o que queriam me dizer para escrever um conto, me perdia nas entrelinhas.
Fui à casa do André, amigo pra todas as horas. Ele me aconselhou e eu me rebusquei num livro do Humberto Eco que trata das boas maneiras para escrever uma boa tese. A partir daí vi que quanto mais eu lia, menos compreendia. Será a minha ambição?
Sentei em frente ao computador e comecei a escrever para ver no que dava. Me meti nas letras campereando um tanto sem compromisso, como quem vai a 'lo largo'. Saiu isto que você agora está vendo. Várias vezes repeti o gesto de rabiscar nesta prancheta moderna e depois acompanhar o que por magia aparecia na tela.
Mas, a partir deste último parágrafo, senti algo que não havia sentido em outros momentos de reflexão. Mesmo que maravilhoso ou horrível, consegui montar um texto. E melhor, acreditei que compreendi o que escrevi.
É possível que alguém leia isto e entenda. È possível ainda que alguém compreenda.Acho que amanhã vou tentar novamente. Gostei de escrever para eu mesmo ler...

Um comentário:

  1. Acho que compreendo... e sempre que puder vou ler todos os seus textos... Pois adoro!

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