7.3.12

A espera do orvalho

É para ser notório
de mim para meu ver nem que seja
Que você quando não é aqui
me murcho

Ah! seio de amar ido tão longe
faz sentir tua vontade de mim
sem que minha boca te toque
nem que eu te beba

No assim de enquanto vou provando o intervalo
porque não sei bem guardar o passado da presença
Os preenchimentos me causam dependência
e preso nas palavras, sem fim ou teor, aumento os versos

O véu do desconforto
farfalhando com sinal bandeira
disse que teus sonhos foram contigo
e sou só num imaginar solitário

Sei porém que basta o orvalho
de um Olá! solto em tua voz
para fazer do eu folha em tom amarelado
um canteiro todo de cravos vermelhos

Teus pés são a massagem das minhas mãos
Em todo quando vou para ti de peito aberto
Caminho sem pestanejo e antes de ir te chamo
Não sei o que não sou e sendo o que sou eu te amo!

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